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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Michael Jackson que poucos conhecem

Por Regis Tadeu

Michael Jackson para poucos

Todo mundo que acompanha os meus textos e vídeos aqui sabe de minha opinião a respeito de Michael Jackson – veja em aqui e aqui. Por isto, a princípio, pensei em recusar o pedido do Yahoo! para que escrevesse algo a respeito deste atormentado ser cuja morte completa dois anos nesta semana. O que eu poderia escrever de inédito e interessante de uma figura já devidamente esmiuçada?

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Foto: Regis Tadeu relembra algumas ótimas canções do Rei do Pop que muitos fãs desconhecem. (Morethings)
Foi então que me lembrei de algo que me deixou espantado quando comecei a receber – literalmente – milhares de comentários a respeito destes dois textos: a constatação de que a maioria dos fãs brasileiros do cantor o idolatrava do “período Thriller” em diante! Pouquíssimas pessoas demonstravam conhecer o disco Off the Wall – quando o faziam, citavam as músicas deste álbum que receberam videoclipes, ou seja, “Don’t Stop ‘Till You Get Enough” e “Rock With You”. Isto quando não diziam ser este o “primeiro disco-solo” do cantor, ignorando a existência dos álbuns anteriores. Fora isto, mais nada. Ninguém demonstrou sequer conhecer profundamente alguma coisa do Jackson 5.

Nem vou comentar aqui a debilidade da maioria destes comentários, sempre com argumentações “inteligentes e maduras”, do tipo “Regis, você tem inveja do Michael”, “você é uma bicha enrustida que nunca terá o sucesso dele”, “seu podre, o Michael sempre estará vivo em nossos corações” e outras babaquices típicas de quem tem um amendoim no lugar do cérebro. O que vou mostrar aqui é uma espécie de “volta ao tempo” e mostrar uma faceta musical de Michael que os baba-ovos não conseguiram – e ainda não conseguem – enxergar. Garanto que você vai ficar surpreso com o que vai ouvir e ver…

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Foto: (Yahoo!)
Got to Be There (1972)

Logo em seu primeiro disco solo, o pequeno Michael recebeu de presente do sensacional time de compositores da Motown uma cacetada melhor que a outra. De cara, a maturidade que exibe na versão para a maravilhosa “Ain’t No Sunshine” (assista aqui), de Bill Withers, já dava pistas de que Michael iria ser uma superestrela no futuro.

A sensação se prorrogava quando o menino soltava a voz ainda infantil, mas tremendamente segura, em um clássico como “Rockin’ Robin” e em temas suingados como “I Wanna Be Where You Are”. Até mesmo a versão de “You’ve Got a Friend”, de James Taylor, ficou ainda melhor com a abordagem de Michael e da Motown.

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Foto: (Yahoo!)
Ben (1972)

Tudo bem, a faixa-título é bonitinha, coisa e tal, mas fica muito aquém em termos de qualidade quando se ouve o resto disco. É incrível ouvir como Michael se ajustou bem no período em que sua voz estava mudando drasticamente.

É claro que o fato de o time de compositores da Motown ter voltado a trabalhar a todo vapor para suprir o pequeno Michael de boas canções em seu segundo álbum solo ajudou muito, mas não dá para ignorar sua destreza no balanço malemolente e cativante de “We’ve Got a Good Thing Going”, “What Goes Around Comes Around” e “People Make the World Go ‘Round” – esta gravada quase simultaneamente com a versão dos Stylistics.

Da mesma forma, o belo arranjo de “Greatest Show on Earth”, feito pelo produtor James Anthony Carmichael, que trabalhava com os Commodores, criava uma atmosfera de cumplicidade com as boas versões de “Everybody’s Somebody’s Fool”, de Jimmy Scott, e, claro, na estupenda recriação de “My Girl”, dos Temptations, aqui em uma versão bem mais funky.

E o que dizer então da espetacular “Shoo Be Doo Be Doo Da Day”, dada de presente por ninguém menos que Stevie Wonder?

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Foto: (Yahoo!)
Music & Me (1973)

O terceiro disco de Michael Jackson passou quase despercebido de todo mundo, muito provavelmente pelo excesso de baladas. Injustamente, o único destaque que o disco recebeu foi por conta de sua ótima faixa-título, mas há faixas muito interessantes aqui, como as belíssimas “Happy” e “Doggin’ Around”, a delicada “With a Child’s Heart”, uma espécie de “momento ABBA” na sutil “Up Again” e dois soul funky bem calibrado, “Euphoria” e “Johnny Raven”.

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Foto: (Yahoo!)
Forever, Michael (1975)

Este foi o seu quarto disco solo e o álbum que precedeu o estouro de Off the Wall e que traz algumas pequenas pérolas do cantor – então com dezesseis anos de idade -, mesmo que as letras sejam bem bobinhas, como é o caso de “Cinderella, Stay Awhile”, das baladinhas “You Are There” e “Dear Michael”, além do bom soul “Take Me Back” e até de incursões pela disco music, como “Just a Little Bit of You”.

Mas a grande pérola aqui é a linda e delicada “One Day in Your Life”.

Como se isto não bastasse, trago aqui um roteiro para você descobrir “tesouros escondidos” nos quatro primeiros discos do grupo que foi a plataforma para os vôos de Michael: o sensacional Jackson 5.

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Foto: (Yahoo!)
Diana Ross Presents the Jackson 5 (1969)

É claro que os mais esclarecidos conhecem clássicos instantâneos como “I Want You Back”, mas o disco de estréia dos garotos tinha outras canções de cair o queixo, como “Who’s Loving You” – composta por Smokey Robinson -, a divertida “Zip-A-Dee-Doo-Dah”, as sensuais “Can You Remember?” e “Standing in the Shadows of Love”, além da versão de “My Cherie Amour”, tão boa quanto o original de Stevie Wonder.

As harmonias vocais eram inacreditáveis mesmo para os padrões da época e poucas pessoas notaram a profunda influência exercida em todo o disco pelo som dos grupos Funkadelic e Sly & The Family Stone – tanto que a engajada “Stand” não foi incluída por acaso.

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Foto: (Yahoo!)
ABC (1970)

A intensidade da banda era tal que seis meses depois de seu disco de estréia foi lançado este ABC, que trazia logo de cara o estouro da faixa-título e da divertida “The Love You Save”.

Mas era inegável perceber que a banda tinha amadurecido horrores, até mesmo nos momentos em que tinham que encarar um romantismo explícito, como em “I Found That Girl”. Não dava para não sacudir o pescoço ouvindo pepitas como “(Come ‘Round Here) I’m the One You Need”, do Smokey Robinson & The Miracles, “Never Had a Dream Come True”, outra jóia esculpida originalmente por Stevie Wonder, e a inacreditável safadeza de “I Bet You”, composta por George Clinton.

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Foto: (Yahoo!)
Third Album (1970)

Mantendo a qualidade de seus discos anteriores, o grupo apresentou aqui uma pegada ainda mais funky – vide “Mama’s Pearl”, “Ready or Not Here I Come (Can’t Hide from Love)”, dos Delfonics, que anos mais tarde seria surrupiada pelos Fugees -, ao lado de hits instantâneos, como “I’ll Be There”.

Mas havia outras jóias escondidas, como a bela “The Love I Saw in You Was Just a Mirage” e uma surpreendente interpretação de “Bridge Over Troubled Water”, grande clássico composto por Paul Simon.

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Foto: (Yahoo!)
Maybe Tomorrow (1971)

Em seu quarto disco, o grupo deu uma pisada no freio e trouxe um número maior de baladas, mas com uma qualidade acima de qualquer suspeita, como no caso de “Never Can Say Goodbye”, do ator/compositor Clifton Davis – anos mais tarde imortalizada por Gloria Gaynor -, e a faixa-título.

Mas as canções eram legais mesmo quando a letra, como no caso da deliciosamente tola “My Little Baby”, nas sacolejantes “It’s Great to Be Here” e “I Will Find a Way”.

Bem, agora que foi devidamente “bombardeado” com uma série de informações, imagens e sons, que tal continuar a pesquisa por sua própria conta e deixar de lado o chororô dos fãs mais insanos, infantis e bobalhões?

Ouça os discos de Michael Jackson e do Jackson Five com a devida reverência e atenção, mas saiba identificar os momentos em que ele e seus irmãos pisaram na bola. Afinal de contas, nem mesmo todo o lobby feito por alguns milhares de fãs patetas fez com que uma picaretagem explícita como o disco póstumo Michael escapasse de ser considerada pela indústria fonográfica como “um dos maiores encalhes de CDs de todos os tempos”.

Regis Tadeu é editor das revistas Cover Guitarra, Cover Baixo e Batera, diretor de redação da Editora Aloha, crítico musical/jurado do Programa Raul Gil e apresenta/produz na Rádio USP (93,7) o programa Rock Brazuca. Publicado no Zwela Angola com a permissão do Autor
Fonte: Yahoo!
Rosane | | 27/06/2011
Régis Tadeu.. eu sou uma das leitoras que he teceu críticas a textos anteriores, aqueles que geraram polêmicas. Todos estes trabalhos aqui expostos, com orgulho, eu já conhecia. Me surpreendi com sua afinidade em músicas como 'aint no sunshine' 'I wanna be where you are' 'you've got a friend', porque são realmente trabalhos maravilhosos. O interessante é deixar de lado as críticas a Michael como ser humano, porque ele foi sim, maravilhoso, com um trabalho voltado para a filantropia que a mídia insiste em ocultar.Com certeza Michael é o maior artistas de todos os tempos. Mas só pode saber - e compreender isso -
quem acompanhou passo a passo cada ano de vida e obra desse artista incomum. Vida longa ao Rei!


Robson | | 27/06/2011
Já que você gosta de argumentos, então vamos argumentar. No final do texto você diz “um dos maiores encalhes de CDs de todos os tempos” , total invensão sua, só pra citar uma prova disso a música hollywood tonight chegou ficar em primeiro lugar na parada da bilboard dance. O album go to be there é de 1971 e não 72 como você descreve. O que eu reparei em todo o texto é que você quer impor o que você considera como as melhores músicas e até melhor fase da carreira do Michael. E também reparei que sem explicação nenhuma você ofende o michael por sua vida pessoal. Mas isso tudo é compreensivel pra um ser que só consegue chamar atenção se for ofendendo os outros. Enfim o Michael vai ser lembrado eternamente por todo seu talento, já você dificilmente alguém vai se lembrar se quer do seu nome, salvo é claro os "patetas" que você pode chamar de família.


victor | | 27/06/2011
eae seu viadinho blz?
é incrivel como a inveja de um ser humano pode chegar a tanto, a unica coisa que podemos fazer é rir de um cara tão ridiculo quanto este ,pois aí vai hahahahahahahahahaha.
agora vou começar a chingar de verdade...
ae cuzão do caralho vai dar seu cuzinho que vc ganha mais que vim aqui e escrever isto meu vai queimar a rosca vc num passa de um filho da puta querendo dar uma de escritor ,mais não tem nem capacidade disso coisa que qualquer um pode fazer muito melhor que vc,entãp não perca seu tempo vindo aqui escrever isso pois vc só vai receber este tipo de critica sabe o que vc deve fazer? eu respondo primeiro vira homen (pq se vc quer falar do MJ pelo menos honrar as cuecas que usa vc precisa _ e segundo vai procurar uma trocha de roupa pra lavar e se nenhum desse der certo faz oq vc faz de melhor que é dar o cú


Junior | | 26/06/2011
SEU FILHO DA PUTA, VAI PROCURAR O Q FAZER! SE QUER MINIMIZAR ALGUEM VAI FAZE-LO COM OS CANTORES DE AGORA SEU CABRÃO! NUNCA E NINGUEM VAI SER MELHOR QUE MCHAEL E DIGO ISSO EM TODOS OS SENTIDOS EM ARTISTA, COMO CANTOR, COMPOSITOR, DANÇARINO! E ALEM DE TUDO É HUMANITÁRIO!
VAI SE CATAR SEU FILHO DA PUTA!


silvio o boss | | 26/06/2011
SEU FILHO DA PUTA, VAI PROCURAR O Q FAZER! SE QUER MINIMIZAR ALGUEM VAI FAZE-LO COM OS CANTORES DE AGORA SEU CABRÃO! NUNCA E NINGUEM VAI SER MELHOR QUE MCHAEL E DIGO ISSO EM TODOS OS SENTIDOS EM ARTISTA, COMO CANTOR, COMPOSITOR, DANÇARINO! E ALEM DE TUDO É HUMANITÁRIO!
VAI SE CATAR SEU FILHO DA PUTA!


volane | | 26/06/2011
Acho que você está querendo é um pouquinho de atenção, pois a cada crítica os fans de MJ se voltam para lhe responder. Gente deixa este cara de lado. O que ele quer é fama!!!!!! (em sonho talvez). Sai do Raul Gil e vê se te conhecem? Já o Michael o UNIVERSO sabe quem é.


Renata | | 26/06/2011
É absurda a maneira grotesca e mal educada que esse ser (se é que se pode assim classificá-lo) refre-se a Michael Jackson e aos seus fãs.
Acredito que você Régis, pode sim e tem todo o direito de manifestar-se de acordo com aquilo que de fato você acredita, muito embora, isso não lhe dê direitos de agredir pessoas que gostam, que amam o Michael e que você nem conhece e que também só "conhecem" você por conta dessa "máteria" que só chamou a atenção por se tratar de Michael Jackson.
De qualquer maneira, incomoda ver alguém como você, falando assim de um artista tão talentoso e que tanto contribuiu para a música mundial, seja na quebra de barreiras raciais, seja na revolução criativa que desenvolveu. Tudo isso parece não significar nada a você e de fato, acho coerente que não signifique, seria demais para um "profissional" da sua "categoria" separar os problemas pessoais de um homem, do vitorioso e mais bem sucedido artista


ana | | 26/06/2011
você se expressa muinto ben, apesar de muitos dizerem ao contrário,só tenho uma coissa a dizer ,parabéns e continue se expressando, porque a palavra expressão demontra que você é forte o suficiente para falar o que ven em sua cabeça......


Fran | | 26/06/2011
Essa cara perdeu mais uma chance de ficar calado. E foi mais uma vez mal educado. Tenho pena de você. Ser insignificante.


laryssa rafaela | | 26/06/2011
não entendo o por que de vc ter essa opnião de que o MJ erra uma pessoa atormentada, e vc não tinha nada de ter pensando em recusar o pedido de escrever algo sobre ele, pois o seu papel é de comentar sobre o talento da pessoa ou seja a carreira artistica que ele teve, e não julgar a pessoa que foi, ou o seu estado mental!
e isso de muitos dos fans não conhecerem profundamente a carreira musical de michael jackson, é pelo fato de que ele fez mais sucesso quando ele lançou thriller, mas eu que sou fan dele a pouco tempo tenho conhecimento de todos os trabalhos que ele fez, desde o Jackson 5 ate o ultimo, e tenho certeza tbm de que todas as pessoas que eu conheço que são fans dele, conhecem tbm a carreira dele.

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